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Edição 133: Não espere por uma calamidade

Capa e Edição 133

Se em tempo de águas tranquilas, já é difícil criar e se manter no mercado, sabemos que em uma tempestade é bem mais difícil. Bem, parece que é. Mas será? Vamos olhar de outra forma?

Precisamos checar algumas questões:

– Um negócio precisa dar resultado, sendo negócio uma empresa ou uma carreira.

– Gerar lucro é um princípio indiscutível nos negócios.

– Para se manter competitivo, criar produtos, serviços e soluções é uma ordem.

– Se perco competitividade, perco mercado, perco lucro e perco a razão para o qual um negócio existe.

Pronto. Era aí que eu queria chegar. O parâmetro que devemos utilizar para mudar é exatamente o resultado que eu venho tendo. É muito clichê, mas é muito verdade: em tempos de crise, crie. É “simples assim” Ok, não é simples. Mas é lógico assim.

Nas três primeiras semanas da pandemia da Covid-19 eu acompanhei negócios e vi quantas soluções simples foram criadas em tão pouco tempo.

Também é clichê, mas é muito verdade dizer que ou aprendemos por amor ou pela dor. Que este susto seja uma lição para vermos o quanto somos capazes de criar e que criar vire hábito, em vez de virar reação, pois utilizamos muito menos do que poderíamos utilizar do nosso potencial.

Vi empresário que descobriu que conseguiria cortar 30% de custos sem alterar em nada a qualidade, vi empresário que entendia que o seu negócio era fixo e impossível de atuar na virtualidade aumentar suas vendas em plena calamidade, vi soluções incríveis como por exemplo um laboratório que garantiu a lealdade aos seus clientes colhendo seus exames de rotina dentro de seu próprio carro, vi muita gente colocar a cara na internet, nas mídias e resignificar seus negócios. Vi muita gente se dar as mãos e crescer em semanas. Vi muita gente tirar um pouquinho do excesso do que tinha e alimentar outras famílias. Vi, infelizmente pela dor, mas muita gente se mover.

Vi acontecer o que eu já acreditava: criatividade é a soma de se incomodar, observar e gerar soluções diferentes. Vi a esperança de que no meio do caos, nosso país pode aprender muito com isso tudo e crescer em qualidade, em respeito social e na economia só depois, como consequência. Que bom que percebemos isto, né? Agora não precisamos mais esperar o próximo susto.

Que este comportamento alerta se estenda quando vier a estabilidade, que todos se comprometam com a natureza, com o próximo, com a proteção pessoal, com seus negócios, como vimos que conseguimos fazer. Assim espero. Posso contar com você?Cecília Bettero é administradora, mentora de negócios e carreira, empresária em consultoria e treinamento gerencial, pesquisadora na área de criatividade, mestranda em Ciências da Comunicação na Universidade Fernando Pessoa em Portugal // Leia, comente e compartilhe todos os artigos anteriores no site www.ceciliabettero.com.br

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